A beleza é inteligível sem reflexão

Image result for Joven poetisa. Fresco pompeyano siglo I d.C
(mensagem recebida)
Oh Senhor, Céus, meu admirador de mim única e perfeita até mais não, dei com esta imagem, cópia de  um retrato de uma elegante jovem do século I d. C., um fresco, 37x38 cm, que se encontra no museu arqueológico nacional de Nápoles. Ups, pensei comigo: esta pintura tem tudo de mim, pode lá ser, mas é que tem mesmo, até o coração sinto tão apertado, as minhas qualidades especiais estão (quase) todas à mostra: pescoço ágil, cabeça erguida e altaneira, olhos grandes, brincos únicos, pele suave e pensamento numenal. Adiante, saiba que com uma pulga atrás da orelha e pé ante pé (como quem diz com jeito e suavidade e silêncio), ando agora por aqui, vida, deliciada, gosto. Que quer, tudo tem a ver comigo. Nossa Senhora! É um mistério? Pergunta-me se eu sou um mistério (adoro o seu cenho franzido e a sua embriaguez de mim), é isso que quer saber, entendi bem? Sou mui sensível à sua pergunta, e assim lhe respondo: então não! Não seja lerdinho, claro que sou um mistério insondável pincelado de luz divina. Não se vê (demore-se na imagem), não se vê logo a vista desarmada? Registe, meu ciumento admirador, registe que a beleza é inteligível sem reflexão. Disse.
Adenda
... com memória e memória.

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