Sintonias inesperadas e questões de pele, claro


(Mensagem recebida)
Passei os olhos, meu caro, pela capa desta revista e, zás, alguém me sussurrou, é de comprar... Comprei e: seis páginas de um extenso artigo sobre Teixeira de Pascoaes, e imagine (oh céus de Ítaca) dentro do corpo do artigo uma imagem - Ulisses e Calipso - , uma pintura de Arnold Bocklin, 1883. A revista tem muito mais para ler..., mas foi só o que pude espreitar (ai a minha franja), numa pausinha do meu tempo ocupado, enquanto mordiscava um pastel de nata canelado e bebia um café rápido (um café rápido, oh vida, até já acotovelo as palavras, que exagero de criatividade a minha)... Sintonias inesperadas e questões de pele, claro.

Adenda (nova mensagem recebida)
Arranjei, meu caro, dois minutinhos para saber algo mais sobre biosofia e, sem tem-te nem mas, cai-me no écran a sempre actual e distinta Mafalda com uma pergunta assaz pertinente: "os sacos azuis da corrupção também custam dez cêntimos?". Vida a minha! Que me diz? Nem quero acreditar que os corruptos e as corruptas (que também as há, há pois há) - "a fina flor do entulho" - não pagam os sacos azuis da corrupção. Às tantas (Deus me livre e guarde, Jesus, Maria, José) aqueles maduros (e maduras), sem pingo de vergonha, pagam-se a si próprios com o dinheiro que guardam nos sacos azuis... Passo-me, não tarda nada, ai pois passo. Ai aquela Mafalda, sempre a mesma!

Nova adenda (nova mensagem recebida)
Disse-lhe, meu caro, que me passava dos carretos, disse, não disse?! Pois então leia e explique, vá lá, explique se for capaz... Já lhe falei num romance badalado em que a impunidade e a corrupção andam de mãos dadas. não? E mal que lhe pergunte: a justiça é coxa?

Nova adenda (nova mensagem recebida - 25-02-2015)
"Há uma rede que utiliza o aparelho de Estadopara a corrupção... Pois sim. Olha a novidade, meu caro, olha a novidade, há muito que a pólvora foi descoberta, vida a minha!
Aditamento
O caldo entornou-se...

Nova adenda (nova mensagem recebida - 25-02-2015)
Tenho a minha deslumbrante franja à banda, meu caro, ele há cada maduro! Que linda forma de entrar no ano (chinês) da cabra, Deus me livre e guarde. Mesmo que não seja verdade (ou apenas seja meia verdade), em política, meu caro, o que parece é, ai pois é!... Lembrei-me de rever uma pequenina parte do "Costa do Castelo", onde o´actor principal até diz que está tonto e fala da China. Afinal "onde estará o gato"?! Oh vida a minha, franja a minha, meu caro, gosta do Costa? Eu gosto! Tarratááátátá... Levo a vida a rir, meu caro, sou assim, que se há-de fazer!
Aditamento
Chinesices..., plim! Dêem, meu caro, as cambalhotas que eles quiserem (tipo: "ele disse diferente, ele não disse melhor)..., a verdade é que o que foi dito (com ar pachola, voz pausada e sorriso búdico), foi assim dito: "Como nós dizemos em Portugal, os amigos são para as ocasiões. E, numa ocasião difícil para o país, em que muitos não acreditaram que o país tinha condições para enfrentar e vencer a crise, a verdade é que os chineses, os investidores, disseram presente, vieram e deram um grande contributo para que Portugal pudesse estar hoje na situação em que está, bastante diferente daquela que estava há quatro anos atrás"... E em que é que tudo isto deu?! Em quê?! Em quê?! Em zaragata pegada, só podia, vida a minha!
A Zaragata

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