Que raio de enigma!
Dizem-me (e com alguma razão) que este
dia 31 de Dezembro é um último dia do ano de 2013, soprou-me manhã muito cedo a única fada que desdenha o
frio-geada. Com alguma razão? Ouvi-me
perguntar-lhe. Não se fez rogada. Alguma razão apenas, respondeu, porque de
facto assim não é. E assim não é, insistiu,
porque o dia 31 de Dezembro de 2013 é, isso sim, um ponto de partida para o
novo ano; e, para mim, que tenho o número treze como talismã é duplamente ponto
de partida. Esta agora! Exclamei,
tentando imitar a voz dela, duplamente ponto de partida? Ao mesmo tempo e
enquanto via o seu rosto sorriso embrulhar-se com uma gargalhada sorrateira, pensei
comigo: como é luminosa a confiança de
uma fada-menina…, mais parece uma rosa na lisura da retina. Fez-se
desentendida e aninhando-se de mãos cegas no meu cobertor de lã merina, lá me
foi dizendo que este dia, 31 de Dezembro de 2013, era duplo ponto de partida
porque tinha um treze à vista e outro do avesso... E é com eles a tiracolo, ameiguiçou as palavras, que
inicio o meu percurso de 31 dias para entrar triunfal em Fevereiro de 2014, mês que é único no ano como eu sou única no universo… Ela, perguntei-me atoleimado, disse mesmo: Um
treze à vista e outro do avesso?!... Para entrar triunfal em Fevereiro de 2014?! O mês de Fevereiro é único como ela é única?! Porquê, o que é que une realidades únicas (construídas e nascidas) e tão díspares?! Que raio de enigma!
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