A suspeição de Gaspar

Gaspar foi um ministro das finanças que chocou de frente com a realidade da política portuguesa (com os malabarismos, as irrevogabilidades e as dissimulações da política portuguesa). Cedo (soubemos há uma semana que há mais de um ano) percebeu que parte do governo (de que era o principal actor e abono), se sustentava e se divertia em operações de propaganda e de intriga política rasteira e palaciana. Teve coragem, deu a mão à palmatória e assumiu os seus erros com um pedido de demissão que mais parecia uma carta de demissão do governo. Não custa a acreditar que o tenha feito, dando asas a uma sua perspicaz suspeição: que já estava em marcha um “golpe de estado governamental”, conducente a um governo do CDS..., sem eleições. Suspeitou bem!

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