A propósito de "Calcular Impérios: uma genealogia da tecnologia e do poder desde 1500"
Fragmento de "Calculating Empires: A Genealogy of Technology and Power Since 1500" (2023), obra de Kate Crawford e Vladan Joler
Antes de, em domingo de arreliadora chuva miudinha, deambular por dentro de "Calculating Empires" - onde é traçado (por Kate Crawforf e Vladan Joler) um mapa que mostra a estreita relação entre poder e tecnologia ao largos dos últimos séculos enquanto "dispositivo" de dominação e de controle social - , revisitei o pensamento de Giorgio Agamben, plasmado num pequeno ensaio sobre o conceito de dispositivo, e de onde respigo um pequeno excerto, este: "Proponho-lhes nada menos que uma geral e maciça divisão do existente em dois grandes grupos ou classes: de um lado, os seres viventes (ou, as substâncias), e, de outro, os dispositivos em que estes são incessantemente capturados. Isto é, de um lado, para retomar a a terminologia dos teólogos, a ontologia das criaturas, e, de outro, a oikonomia dos dispositivos que procuram governá-las e guiá-las para o bem." Se este arrazoado palavroso em tudo se assemelha a conversas vadias na travessa do fala-só? Talvez!, e então?
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