Há um outro tipo de beleza, a beleza interior, que também é chamada de beleza moral

"Imagine o seguinte cenário: Um jovem está ajudando um idoso a atravessar a rua. Agora, por favor, responda à primeira pergunta: você acha que este jovem é moralmente bom? Então, pelo mesmo comportamento, responda outra pergunta: você acha que esse jovem demonstra beleza interior? Comparando estas duas questões, a primeira questão é na verdade um julgamento de bondade moral em que um observador atribui valores morais a determinado indivíduo com base em princípios que se tornaram uma lei geral (Kant, (1785/1993), Haidt, 2007) e o julga um pessoa moralmente boa baseada na intuição rápida – sentimentos viscerais (Haidt e Bjorklund, 2008, Hume, (1777/2006)., Greene, 2007, Greene, 2017). Enquanto isso, a segunda questão reflete essencialmente um julgamento de beleza moral em que um observador identifica uma pessoa de natureza gentil como exibindo beleza interior com base na compreensão das regras sociais e envolve emoções morais altamente desenvolvidas (Diessner et al., 2006, Diessner et al. , 2008, Haidt, 2003a, Haidt, 2003b, Haidt, 2007, Keltner e Haidt, 2003, Wang et al., 2015). A moralidade é considerada como o conjunto de costumes e valores adotados pelos humanos para orientar a conduta social (Moll et al., 2005) e é um produto da pressão evolutiva que moldou os mecanismos sociais cognitivos e motivacionais (Schulkin, 2000). Os julgamentos de bondade moral e de beleza moral pertencem ambos a julgamentos morais, que são fortemente influenciados por impulsos emocionais enraizados em instintos socioemocionais (Darwin, 1874/1997), e compartilham uma característica muito importante, ou seja, o objeto de ambos os julgamentos é virtudes humanas universais, por exemplo, uma virtude de bondade de ajudar os outros no cenário descrito acima. Estas semelhanças levantam uma questão crítica: o julgamento da bondade moral e o julgamento da beleza moral são a mesma coisa? E quanto aos correlatos neurais de dois julgamentos?"

Aqui (e também) com memória.