William Shakespeare: "Ó beleza, onde está a tua verdade?"


Em tempo de balanço da realização, em Portugal, das Jornadas Mundiais da Juventude 2023, importa destacar três (dois mais um) sinais de esperança para o futuro da Humanidade. Os dois primeiros: popularidade e alegria. A popularidade do Papa Francisco ((que não a popularidade (e nem a alegria) da Igreja Católica Apostólica Romana)) e a alegria fraterna e solidária de jovens (de todo o mundo). Portugal e os portugueses (e as portuguesas, como agora é moda dizer-se) ficam mais ricos, ficam a ganhar muito, ficam a ganhar social e cultural e politicamente. É óbvio que sim, é óbvio (i) que os poderes públicos se excederam nos gastos (e também é óbvio (ii) que é quase obsceno que se tenham invocado lucros decorrentes da realização das Jornadas), e ainda é óbvio (iii) que os poderes públicos se aproveitaram do evento para cuidarem da sua imagem. Mas adiante, o que sobra é muito mais, seja, fica claro que ao Estado também compete apoiar algumas iniciativas de carácter religioso: a religião tanto quanto a ciência e a tecnologia e a arte são manifestações da Humanidade. O terceiro: beleza. Quem acompanhou, com atenção e com olhos de ver e sentir, o desenrolar das Jornadas Mundiais de Juventude 2023, não poderá deixar de pensar que a beleza é uma visitante de um outro mundo, e que é uma visitante de um outro mundo que, nestas Jornadas, se deu a conhecer de muitas e multifacetadas formas. Para ilustrar esta última afirmação, há que, primeiro, revisitar o pensamento de Roger Scruton e, no mesmo tempo, atentar nas conclusões deste estudo; e, depois, e só depois, arriscar responder a uma pergunta do sagaz William Shakespeare: "Ó beleza, onde está a tua verdade?"

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