Texto (solto) a propósito de um vídeo e de um livro


Este mês de Agosto de 2023 já vai a mais de meio, quase no fim e com mais uma desgraçada onda de calor a fazer das suas. E, tinha que ser!, as questões políticas - polémicas, óbvio! - regressam em força ao palco mediático, uma delas, o tanto que por aí se perora a propósito de uns diplomas governamentais acerca da política de habitação. Mas, a verdade, dura como punhos, é que tais diplomas não chegam a tempo, essa é que é essa, pátáti pátátá, o resto é conversa da treta. E, no entanto, acudir a tempo e chegar a tempo e horas à resolução dos problemas deveria ser um imperativo categórico político, neste caso, não foi e não é. Pondere-se, por exemplo: cabe na cabeça de alguém que o Estado arrende casas a um determinado valor e que de seguida as arrende por um valor mais baixo?, quem paga a diferença? Óbvio que sei, os mesmos de sempre, quem paga impostos, adiante. Por vezes, penso eu de que, há políticos que parecem inconscientes de como seria fácil assentar-lhes uma bordoada no ego e na sua importância pechisbeque. Falta-lhes mundo, meu caro, não conhecem o mínimo dos mínimos da criatividade da vida, soprou-me a minha consciência crítica. Concordo, atalhei, aposto que se os políticos fossem obrigados a comentar publicamente este vídeo, saberiam que a política, a economia e a sociedade dependem sempre do tempo e do momento. Mais, saberiam que chegar tarde e a más horas à inflação ou à doença e não chegar a tempo às migrações ilegais e às situações de conflito social, pode ser o suficiente para que tudo o mais se agrave e que tudo o mais se torne mais difícil e com consequências más para todos. E a minha consciência, assertiva, disparou: saíste-me melhor que a encomenda, aprovo quase tudo o que pensas; lê, com tempo e com vagar, o livro de Amin Maalouf que agora te recomendo. Amanhã passado assim farei, ouvi-me a responder.

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