Ut pictura Poesis

Sabes bem, soprou-me a minha consciência crítica, sabes bem que deves deixar de olhar para as obras de arte como um fruto individual de génios artísticos, deves olhar para as obras de arte como ferramentas da educação. Isso é verdade, retorqui, no que se refere as obras de arte (arquitectura, pintura, música, etc), obras a que o Cristianismo deu atenção não pela beleza, mas porque percebeu o poder persuasivo da beleza na adopção de padrões específicos de comportamento, dizes que o mesmo deve acontecer quando olho uma pintura de Picasso, uma pintura da sua filha Maya que agora me mostras? Sim, porque a arte sempre serve para tornar fáceis de assimilar matérias difíceis e complexas e porque a pintura (cubista) da filha de Picasso, se estives atento, te explica a importância do observador na construção da realidade, quantas figuras, pensa!, quantas figuras consegues ver (olhando sob diferentes perspectivas e com as tuas memórias a tiracolo) numa das pinturas de Picasso inspiradas na sua filha Maya?, trauteou e perguntou. Muitas!, disse-me de mim para comigo enquanto pensava nas características do cubismo de Picasso, e atrevi-me: por mais nobres e técnicas que sejam as ideias - o cubismo é uma delas - que suportam as obras de arte, precisam sempre de uma pequena ajuda da beleza. Bingo!, "Ut pictura poesis", suspirou divertida. Embatuquei.

Adenda..., com memória.

Comentários

  1. É que não há crianças.
    Parem com todas as políticas de destruição da família
    Assim não há futuro

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