Se natureza é a resposta, qual é a pergunta?



Convido-te a olhares a imagem que agora te mostro, não te parece que tem tudo a ver com uma possível saída para a guerra e para as agressões ao planeta Terra? Interessado na imagem, respondi à minha consciência: queres dizer-me que a Natureza se vai encarregar de renovar o que os seres humanos estragam, será? Quantas são as idades da matéria, recordas-te? Retorquiu. Não percebo onde queres chegar, ouvi-me a responder. Haja Deus!, que memória a tua!, sabes bem, martelou ela as palavras, sabes bem que sou mais que a tua consciência, sabes que faço parte da consciência do Universo e sei que (já uma vez te falei no assunto a propósito do número 13) o tempo nasceu com a emergência da realidade há 13.700 milhões de anos: aí tens o nascimento da primeira idade da matéria, a idade inerte, aquela em que as leis da física são as rainhas, eis porque as estrelas nunca poderiam ser cúbicas, não seriam estáveis. Já me recordo, atrevi-me, a segunda idade, a idade viva, resulta do facto de ter aparecido o primeiro ser vivo e a estabilidade que então reinava ter deixado de ser suficiente, a adaptabilidade tornou-se essencial já que plantas e animais precisavam de água de comida para viver. Espertinho, gosto, suspirou, e mais: disse que uns tempos depois emergiu uma mente humana capaz de descobrir, de aprender e de criar, disse que a estabilidade e a adaptabilidade deixaram de ser suficientes e que foi esse o tempo em que a idade culta fez a sua aparição, a cultura é uma questão de equilíbrio entre estabilidade e adaptabilidade e criatividade, rematou. Prudente e curioso, mantive-me em silêncio, e ela: regista que é a junção amalgamada das três idades da matéria - a inerte, a viva, a culta - que constitue a condição humana, a Natureza sabe o que faz. Eu desabafei com os meus botões: se a Natureza sabe o que faz, então para resolver os males infligidos ao planeta Terra é a Natureza a resposta. Ela, divertida, ciciou: se  Natureza é a resposta, qual é a pergunta? 

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