A verdade depende do encontro com algo que nos força a pensar
Ontem foi um dia para esquecer porque li algo de embaraçado sobre as sombras e não gostei, as sombras são importantes, são importantes porque lançar luz nas sombras é fazer aparecer a verdade. Que farei hoje com este mal estar que dá que pensar? Perguntei-me. Senti que mais importante que o pensamento é o "dá que pensar!" e, sem tem-te nem mas, ouvi a minha consciência: um nome próprio, sabes bem e há muito tempo, é uma caixa entreaberta que projeta as suas qualidades/luzes sobre as sombras do ser que ele designa. Daí que?, inquiri interessado. Ora essa, respondeu, daí que devas devas tirar partido da tua alma do avesso, consulta a tua memória arcana e depois com o nome próprio de quem falou mal das sombras - em jeito de balãozinho em que se encerrou oxigénio - lança luz naquele dizer embaraçado sobre o valor das sombras. Assim fiz, percebi, um mar de emoção ouvia-se dentro de mim, e suspirei: há dias em que nada se explica e em que tudo se complica, tudo é um torvelinho de trevas, nesses dias só os nomes próprios nos aconchegam, despertos e com luz. E a minha consciência, atrevida (e guicha!): bingo!, fez-se luz!, vivam as sombras! Embatuquei, mas registei que um nome próprio é uma caixa entreaberta que projeta as suas qualidades/luzes sobre as sombras do ser que designa para fazer aparecer a verdade escondida. Ah!, que extraordinário!, disse de mim para comigo, virei-me agora para a janela iluminada, o sol já brilha lá fora, é isso, a verdade depende do encontro com algo que nos força a pensar.
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