Viva a tolice!

(mensagem recebida)

Admito, digo, concordo com quem diz que Deus Nosso Senhor e nosso Pai do Céu sabe, só Ele sabe, quão útil foi espalhar abundância de tolos, tal qual como quem semeia ventos. Se Ele não tivesse tido esse cuidado, minha Nossa Senhora dos Aflitos!, quão aborrecido e sensaborão seria o nosso dia a dia (ups, rimou!), o nosso dia, dia nosso de nós que Ele beneficiou de juízo. Porquê? Ora essa, porquê? Não se vê logo a vista desarmada que as atitudes e os comportamentos dos tolos (e das tolas) não exigem, como nas comédias, nem horas certas e nem focos de atenção: eles (e elas) falam e agem e debitam saber e o nosso gozo acontece de imediato. Quanto tempo tenho eu passado a ler estudos e afins e quejandos que me mostrem algo parecido com o carácter cómico dos comportamentos dos tolos (e das tolas)! Santa Maria da Paciência Entornada!, eles e elas, sem consciência de que se lhe desandam os parafusos cerebrais, dizem que é prestígio o que apenas é mesquinhice rasca, apostam que a sua destrambelhada imperícia é ciência e, deuses!, até arrotam saber naquele espantoso tom seguro que só os néscios (e as néscias) tão bem conhecem, dias há até que são tão lestos nos rapapés quanto nos coices. E quando bracejam?! Isso, isso mesmo, quando bracejam caminham de esguelha como se alguém os levasse à trela. E, (ui!) os seus bracejos são mussolinianos, são bracejos que pertencem aos clássicos do humor, são bracejos que, aliados ao ar de importância que ostentam, nos trazem o pavão à mente. Se Deus foi generoso na sementeira de imbecis (tolos e tolas)? Claro que foi, demos-LHE muitas graças, por isso e pela maravilhosa receita que nos legou num versículo da Bíblia: "... só com papas e bolos se engam os tolos". Viva a tolice!