Arte é o modo como o artista cria a sua vida como forma-de-vida










"Para o senhor, Piero Guccione, pintar é mais do que viver? Pintar é certamente para mim a única forma de vida, a única forma que tenho para me defender da vida."

Nota de rodapé

Face à pintura (acima) de Piero Guccione e face à pergunta e à resposta e à resposta-pergunta, uma outra realidade originária se manifesta, uma qualquer coisa de raro aparece. É uma coisa-voz que fala, é uma qualquer coisa que toca no mais profundo de cada ser humano preparado, é uma ideia que mora em si mesma, que se solta e se liberta e com a qual se pode entrar em contacto mas sem a poder controlar: acontece uma experiência de auto-transcendência

Adenda (mensagem recebida)

Tenho quase a certeza que esta nota de rodapé mais não é (rimou, ups!) que um efeito (ainda mui desconhecido) do quixotesco bálsamo de Ferrabrás. Se assim é, muito bem. Se assim não é, aposto singelo contra dobrado, a nota de rodapé explica tão só um encontro imediato com o mundo indisponível, um encontro com o mundo do "eterno presente" que, na Cabala, é a dimensão própria da felicidade, ou o "regresso" (já que tudo o que teve origem nela deve a ela regressar), um encontro que é uma dádiva e que é uma benção. A indisponibilidade do mundo é o lugar da multiplicidade de formas-de-vida, registe. Não! Não sabe mesmo o que possa ser o milagroso bálsamo de Ferrabrás? Pois devia saber!

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