A vida social do cérebro tem muito que se lhe diga, ai tem, tem!


























(msg recebida)

Bom dia!, roubei aqui (de um filme interessante) esta imagem, por três razões de monta: uma, para o alertar para a real importância da vida social do cérebro; outra, para lhe recordar a equação de novos direitos humanos, lembra-se?, óbvio que se recorda;  e outra, porque o estilo da menina da ponta (na imagem à sua direita) é um padrão de mim, deuses perdulários, aquela mão esquerda, o ar-trejeito amuado/enfadado/enfastiado (ups!) e os óculos na ponta do nariz não enganam, são uma atitude de defesa contra as avanias insolentes; e ainda, céus, para meu assombro também são modos de chamariz, são mel virtual que sabe a mim, que lhe parece? Vida minha!, em tempos de baixa sensibilidade cidadã aos abusos do Estado (a obrigatoriedade do uso de máscara ao ar livre, um exemplo entre outros, é um abuso do Estado: não tem justificação sanitária). Nossa Senhora, a sodade anda à solta.

Adenda - (deixo-lhe, para pensar e reflectir,  deixo-lhe um naco de prosa que mui bem ilustra os tempos que correm)

"Com excepção de alguns filósofos mais metódicos, ou de alguns devotos mais escrupulosos, todos nós hoje nos desabituamos, ou antes nos desembaraçamos alegremente do penoso trabalho de reflectir. É com impressões que formamos as nossas conclusões. Para louvar ou condenar em política o facto mais complexo, e onde entrem factores múltiplos que mais necessitem análise, nós largamente nos contentamos com um boato escutado a uma esquina. Para apreciar em literatura o livro mais profundo, apenas nos basta folhear aqui e além uma página, através do fumo ondeante do charuto. O método do velho Cuvier, de julgar o mastodonte pelo osso, é o que adaptamos, com magnífica inconsciência, para decidir sobre os homens e sobre as obras. Principalmente para condenar, a nossa ligeireza é fulminante."

in Ecos de Paris, 1905 – Eça de Queiroz

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