Para quê complicar inutilmente,

Para quê complicar inutilmente,

Pensando, o que impensado existe? Nascem

        Ervas sem razão dada —

Para elas olhos, não razões, tenhamos.

Como através de um rio as contemplemos.


3-9-1932

Poemas de Ricardo Reis. Fernando Pessoa. (Edição Crítica de Luiz Fagundes Duarte.) Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1994. 

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