Felizes aqueles (e aquelas) que têm esperança!














Pode ser que sim, até pode ser que não, mas em política o que parece é, ou seja: o rectângulo acima (tricolor e sem legendas) fez a diferença na recente comunicação política em que foi apresentado o primeiro (único num ano de pandemia!) "plano de desconfinamento" na gestão da pandemia Covid-19, que é tudo menos que uma carta de marear e onde se destaca o regresso das crianças mais pequenas às aulas presenciais. Atente-se... Nem é um gráfico e nem é uma definição de critérios, é tão só (a arte de comunicar exige mais que palavras) uma interessante peça de informação pontual - eixo vertical com os novos casos de infecção por cem mil habitantes, eixo horizontal com o índice de transmissividade - que parte do pressuposto (errado) de que a evolução da pandemia é previsível. Mas, sem tirar nem pôr: trata-se de um coelho tirado da cartola, mostra um modelo dinâmico simples - um rectângulo colorido (com quatro rectângulos no seu interior) onde o "x" pode circular - um modelo que é compreensível e que faz muito ruído mas sem dizer nada. Porém (oh espanto dos espantos!), sendo uma maneira assaz inteligente de comunicar com lógica, talvez possa gerar confiança nas medidas do governo (o governo tem nas mãos uma crise grave e parece não saber lidar com ela tão viciado está nos retoques na sua imagem e na propaganda de promessas a rodos e adrede), bem como gerar confiança nas linhas vermelhas desenhadas pelos cientistas que continuam às aranhas com o problema pandémico: em incerteza do caminho para levar a pandemia para o seu recanto parece não haver timoneiro que lhes leve a palma. Ainda... A paciência esgota-se, a paciência é um bem escasso, Deus queira que: (i) se mandem os malabarismos às malvas, (ii) se entenda que a economia precisa de dinheiro e de circulação, (iii) se aprenda que importa conhecer e explorar e desenvolver os três recursos naturais da Humanidade: as matérias primas, a energia, o conhecimento. Finalmente... Que ninguém se esqueça de combater denodadamente as sequelas (todas e cada uma, na saúde e na economia, e no tempo certo) da maldita doença Covid-19 porque se a economia precisa de dinheiro, a sociedade precisa de compaixão. Felizes aqueles (e aquelas) que têm esperança!

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