Caspar David Friedrich: "Woman before the Rising Sun"
Depois da nossa conversa de trasantontem, bom dia (ups, quase me esquecia de novo!), lhe mostro agora uma outra pintura de Caspar David Friedrich, "Woman before the Rising Sun". Fiz que não ouvi a voz que sempre (que pontualidade pontual!) me acorda todos e cada dia. Olhei a imagem antes de lhe responder, e: até que gosto, ao primeiro olhar fico com a ideia de que me é algo familiar e próximo, parece esconder e mostrar a beleza intemporal que mora nas elegantes senhoras dos quadros e das pinturas. Claro que lhe é familiar, retorquiu de mansinho, mostro-lhe esta pintura (um sorrisinho assomou-se devagar) porque tenho quase a certeza de que ontem ralhou com o sol e não o devia ter feito. Eu ontem ralhei com o sol, interrompi, tenha dó, a sua imaginação não tem limites. Seja, anuiu, desejo que tenha um dia calmo, mas tenha paciência, vou ler o que agora está a ser gravado na sua mente, isto: "sinto-me no promontório do pensamento, perscrutando o mais claramente que posso o horizonte dos limites das coisas ou da força do olhar". Essa é a legenda pintura? Arrisquei. Legenda não, mensagem sim, oraculou, e foi-se embora sem se despedir. Amanhã, antes do sol nascente, não se safará de um ralhete, seja eu ceguinho de gota serena se tal não acontecer, oxalá ela se cuide!
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