... e se Lamarck estiver de regresso?


Eh pá! Ontem, ao rever, digo, ao reolhar as fotografias (lindas, muito eu!), já depois de ter reouvido a Sonya (soprana) e depois de ter recordado (ao infímo pormenor) uma nossa mui deliciosa conversa, veio-me ao pensamento, perfilada, uma pergunta capciosa, esta: e se Lamarck estiver de regresso? Nada disso, vida minha, entrei agora na sua mente e percebi que está a pensar que a girafa (na imagem que lhe mostro e que vive lá para os confins do mundo) tem problemas de fígado, nada disso, está apenas atenta à nossa conversa. Nossa conversa? Ripostei com cara de incomodado, e disparei: ainda estou a dormir, não me disse que vinha falar comigo e dá-se ao luxo de brincar com coisas muito sérias, o que é que devo saber sobre as giraças? Como é que disse, giraças? Perguntou ela enquanto sustinha uma gargalhada, disse que eu e a girafa somos giraças? Chega! Encabrestei-me. E ela, assertiva: política não, a política que por aí anda dá pena e parece não ter conserto, a ideia que a movimenta é estar sempre do lado que sopra o vento, não vou à bola com rapapés, chega, digo, não chega, chega não. Acordei de vez, e vi que ela estava linda de viver, mas um tudo nada pensativa. Pedi-lhe: fale-me então dessa sua ideia, a ideia de que Lamarck poderia estar certo, estou muito interessado em saber e, claro que sim, as duas são giraças e cuscas. Não se fez rogada. Então é assim, ciciou, tente saber o que Lamarck e Darwin pensavam sobre o pescoço comprido das girafas, vai perceber que é a epigenética que aponta no sentido de Lamarck estar mesmo de regresso; mas, primeiro, demore-se aqui e, amanhã passado, falaremos com mais tempo e vagar. Preparava-me para lhe responder à letra, já ali não estava. Fiquei fulo e muito curioso, que guicha!
Adenda 1
... com memória..., e mais ainda.
Adenda 2
Alô, Ennio Morricone!

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