Maldita Covid-19! Maria de Sousa, sempre presente...

Aqui..., e aqui.

(mensagem recebida)

Fez bem, meu caro, fez bem em deixar aqui presente a vida e o saber da Maria de Sousa, ela soube fazer jus à vida que lhe foi dada de graça. Do meu lado, desatei a pensar e, céus, arrimou-se-me ao pensamento a ideia de que é hora de dar uma guinada na filosofia, hora de dar uma guinada na obsessão secular dos filósofos pela morte, é a hora de começar a perorar à volta do tema "vir ao mundo". Veja só, acerca do meu nascimento apenas posso dizer "eu nasci". Ah sim, depois de ter nascido, vida, isso é verdade, verdadinha, tenho continuado sempre a nascer (é a isso que se chama cultura, pois não é?), nascer apenas não chega: é preciso continuar a nascer (física e espiritualmente) e a constituir-se um espaço tempo de segurança imaginária, seja, uma interioridade própria (é a isso que se chama adultez, pois não é?). Não me diga, então não é que concordo consigo? Depois de nascer, certo, é isso mesmo, depois de nascer importa encontrar (e construir) uma via graça. Despeço-me, vou tomar um cafézinho (é servido?), agora o sei e agora o digo: que bem fico de franja! Oh vida minha, não é para me gabar, mas que quer, é a vida, e eu sou assim!