Em tempo de pandemia, humor q.b. e ponto de admiração


(Mensagem recebida)
Dei de chofre, meu ainda (irra que é teimoso!) admirador de mim, dei de chofre com a imagem que lhe envio, e sorri, gostei, diverti-me. Se bem se lembra, disse-lhe um dia destes que vivemos um tempo rizoma propício aos filósofos. Porque assim é (não esqueça noutra vida fui Hipátia), aí vai o que pensei, vamos lá. Imagine uma pessoa que não admira ninguém, respeita os outros, cumpre as regras, gosta da vida e da história da Humanidade mas não se entusiasma com os heróis, ninguém lhe provoca sentimentos de admiração. Já imaginou, óptimo, continuemos. Essa pessoa, em situações de crise, não tem outras referências que não sejam regras ou princípios abstractos. Que lhe parece? É um pouco triste, pois não é? A essa pessoa falta-lhe qualquer coisa que a inspire, pior, em tempo de crise, às tantas, sem tem-te nem mas, desata a criticar tudo e todos e criticar por dá cá aquela palha, sem admirar ninguém. Claro que sim, percebo o seu ponto de vista, diz-me que a admiração, em tempo de democracia, é uma espécie de valor caduco, que é preferível o reconhecimento recíproco do que a admiração de sentido único. Percebo, mas não concordo, ora pense em mim, meta lá a mão na sua consciência e diga-me se não é verdade que "nós amamos sempre os que nos admiram, mas não amamos sempre os que nós admiramos"? Adiante que o dia me chama: registe que, tal qual o amor, a admiração provoca sentimentos de nobreza, admire de queixo caído a minha felina-guicha capacidade de devaguear hipatianamente e demore-se na espantosa capacidade imaginativa de quem, em tempo de pandemia - tempo em que a maior parte dos políticos anda a apanhar bonés - , soube actualizar a vida e a mensagem dos três santos pastorinhos de Fátima, com humor q. b. e admiração. Está divertido e a sorrir enquanto bebe um cafézinho? Céus, Nossa Senhora de Fátima, gosto, gosto e gosto!

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