Não lhe digo eu que nas obras de arte se acoitam segredos?

The Mirror, c.1883 - William Merritt Chase
(mensagem recebida)
Há dias em que, meu admirador de mim em todos os dias e ainda em mais um, há dias em que ainda me passo dos carretos: hoje é um deles. Porquê? Ora essa, porquê? Porque, nesses dias, vou à procura de mim e, céus, sempre me encontro em obras de arte que na vida vogam à deriva. Surpresa, olhe só a imagem que lhe envio, é a reprodução de um quadro impressionista de William Merritt Chase, que hoje veio ter comigo: eis uma mulher vendo a sua imagem no espelho com um olhar admirado e risonho. Vida, ei-la linda, altiva, escultural, inteligente e com requintes de mistério: sou eu, pois não sou? Claro que sou! Deuses, até Chopin oiço em fundo musical, que mais me irá acontecer? Céus, tanto agora me sinto numa platibanda flutuante pertinho de um jardim de nenúfares, vida! Não lhe digo eu que nas obras de arte se acoitam segredos? Sério, mesmo? Como diz? Diz-me que é o seu desejo de mim que anima as obras de arte onde eu moro e me demoro? Não?! Sério?! Adora a minha graça de movimentos e delicia-se, dia sim dia sim, com os sabores de mim? Ups, rimou. Gosto, gosto da sua emoção sincera, gosto e gosto e gosto!
Adenda
... com música de cítara de Guzheng.

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