Um livro que começa na capa

Bertrand.pt - A Sociedade do Cansaço
(mensagem recebida)
Nossa Senhora, São José, Menino Jesus, Pastores de Belém, Magos do Oriente, tanto meu caro admirador de mim, tão cansada me sinto, vida! Ontem, tanto e tanto era o cansaço que dormi a noite seguida, inteirinha, digo, da noite até à manhã. Se tive sonhos complexos? Claro que sim, holiodescos, autênticos argumentos cinematográficos (que quer, sou assim!). Já me esquecia de lhe dizer que o tema da beleza me vai a matar, gosto e faz todo o sentido: o mundo anda feio e as pessoas feias e pirosas "estão em alta", infelizmente, adiante. Verdade, verdadinha é que, quando alguém bonito entra numa sala, toda a gente olha. Bom, tinha intenção de lhe falar de alguns políticos mas não o vou fazer, a não ser (pira-te, rima!) o quanto me surpreendeu um deles, um político dum tal de Bloco de Esquerda, explicar que "ninguém aceitaria que apenas 2% dos serviços de saúde ou dos serviços de educação estivessem sob a responsabilidade do Estado"; e, depois, ladino, continuou dizendo não compreender "como é que se pode aceitar que, no caso da habitação, que é igualmente um direito definido na Constituição, tal possa acontecer". Fiquei logo com a minha alergia (aos políticos) mui assanhada. Tu queres ver, dei comigo a pensar, tu queres ver que também querem nacionalizar as as carvoarias e as padarias e as tabernas? Adiante, acabei de tropeçar numa gargalhada daquelas, das minhas, vida, quase ia caindo. Hoje vou ler o livro cuja capa encima esta minha mensagem. Se sou eu que estou na capa? Não respondo. Mas, concedo, muito eu gostaria de saber como é que o Byung-Chul Han descobriu que o meu estado de cansaço se expressa- exacto e qual - naquela posição bela e frágil e sugestiva. Que quer, sempre eu, só eu, mas gosto e gosto e gosto. Tenha um excelente dia! 

Comentários

Mensagens populares