Um livro que começa na capa
(mensagem recebida)
Nossa Senhora, São José, Menino Jesus, Pastores de Belém, Magos do Oriente, tanto meu caro admirador de mim, tão cansada me sinto, vida! Ontem, tanto e tanto era o cansaço que dormi a noite seguida, inteirinha, digo, da noite até à manhã. Se tive sonhos complexos? Claro que sim, holiodescos, autênticos argumentos cinematográficos (que quer, sou assim!). Já me esquecia de lhe dizer que o tema da beleza me vai a matar, gosto e faz todo o sentido: o mundo anda feio e as pessoas feias e pirosas "estão em alta", infelizmente, adiante. Verdade, verdadinha é que, quando alguém bonito entra numa sala, toda a gente olha. Bom, tinha intenção de lhe falar de alguns políticos mas não o vou fazer, a não ser (pira-te, rima!) o quanto me surpreendeu um deles, um político dum tal de Bloco de Esquerda, explicar que "ninguém aceitaria que apenas 2% dos serviços de saúde ou dos serviços de educação estivessem sob a responsabilidade do Estado"; e, depois, ladino, continuou dizendo não compreender "como é que se pode aceitar que, no caso da habitação, que é igualmente um direito definido na Constituição, tal possa acontecer". Fiquei logo com a minha alergia (aos políticos) mui assanhada. Tu queres ver, dei comigo a pensar, tu queres ver que também querem nacionalizar as as carvoarias e as padarias e as tabernas? Adiante, acabei de tropeçar numa gargalhada daquelas, das minhas, vida, quase ia caindo. Hoje vou ler o livro cuja capa encima esta minha mensagem. Se sou eu que estou na capa? Não respondo. Mas, concedo, muito eu gostaria de saber como é que o Byung-Chul Han descobriu que o meu estado de cansaço se expressa- exacto e qual - naquela posição bela e frágil e sugestiva. Que quer, sempre eu, só eu, mas gosto e gosto e gosto. Tenha um excelente dia!
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