O ser mora (e desvela-se) no aparecer


(mensagem recebida)
Sabe que, meu admirador de mim, sabe que há dias em que (sei eu lá bem porquê, às tantas até sei) o acaso se arma em meu aliado? Não sabe. Olha a grande novidade nenhuma! Explico: nesses dias (hoje é um deles) algo me aparece para me falar de mim. Atente e olhe e demore-se na imagem linda de uma mulher de Rodin (rapinei-a da newsletter da Gulbenkian, não resisti). A mulher não tem nome, mas podia ter o meu nome, pois não podia? Claro que podia. O meu nome é nome de algo que se mostra quando se esconde, vida! Como é que me consigo ver escondida no barro - enformado de feminino - bebendo longamente o silêncio de mim? Silêncio: de mim que durmo no rio que em mim corre, de mim que gosto de amoras bravas e que moro na raiz do centeio que um dia há-de ser pão. Sério? Uhm! Pensa mesmo que é Deus que cria os acasos para eu lhe falar de mim e do muito que eu sinto (a si, não a Ele)? O meu ser mora (e desvela-se) no aparecer? Acredita mesmo? Gosto, gosto e gosto!

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