Se assim não é, parece: Portugal não muda, que falta de nível!

Eis um mapa-tabela (retirado daqui) que (também e tão bem) traduz a percepção dos empresários portugueses (no final do ano de 2017) acerca das ligações (estreitas) entre o mundo dos negócios e o mundo dos poderes políticos e partidários. 
Atente-se e pondere-se num pequeno excerto: 
Os resultados não permitem antever qualquer revolução na forma de fazer negócios em Portugal. À pergunta sobre se a proximidade entre os negócios e a política favoreciam a corrupção, 90% das empresas inquiridas responderam “sim” (um pouco acima da média na UE, de 79%). À pergunta sobre se, em Portugal, o favoritismo e a corrupção impedem a concorrência, 92% dos inquiridos responderam afirmativamente. Apenas em Itália e na Roménia os resultados são mais desanimadores. Mas o resultado mais desanimador ainda está para vir. De acordo com 70% das empresas inquiridas, em Portugal, a única forma de se ser bem-sucedido nos negócios é ter ligações políticas. Apenas na Roménia os resultados são tão maus.”
Assim sendo, pergunta-se: será de estranhar que o processo de substituição da Procuradora Geral da República tenha sido um processo tão badalado, tão pouco transparente e tão manifestamente opaco? Resposta: pelo visto e pelo  lido e pelo comparado, não: não é de estranhar. Se assim não é, parece.

Adenda
... será verdade? Sério?! 
Resposta (28/09/2018): pois

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