Rosh Hashana: lua, mel e maçãs, romãs..., e serenidade q. b.
(mensagem recebida)
Lhe
conto e lhe digo, meu ainda (uhm, estou apreensiva) admirador de mim, lhe digo e lhe
conto o porquê de eu ter necessitado de mais de 48 horas para lhe enviar esta mensagem. A sua experiência do coração não o engana. Sim, fugidia, estive longe de si no fim de semana (ups, rimou): quão tão bem me conhece, ui, ui os seus ciúmes, raios partam os espartilhos e os mandaretes e as parvoíces bacocas a fazerem-se ao piso. Adiante. Também, isto sim é importante, também precisei do pensar, da vontade e do juízo (juízo de fazer juízos: alto aí que juízo é algo que me sobra), e do juízo, para me preparar para o dia de "Rosh Hashana" (o dia de início da próximo ano judaico, na próxima semana). Adiante. Vamos lá. Primeiro, precisei do pensar, seja, do pensar sem objectivo, do pensar em pensar, do pensar que o dia de "Rosh Hashana" se situa no lado obscuro da lua, alguns dias antes de a divina luz aparecer em noite de lua cheia. Então, que quer, acredito que eu sou eu e mim - eu mim e mim eu e nós lua - vida, a lua colide comigo (sou uma mistura de graciosidade, agilidade, elegância física e temperamento sedutor, a que se junta a luz de uma inteligência harmoniosa e fecunda e perspicaz, de que os meus olhos grandes são o espelho fiel e lúcido). De seguida, precisei da vontade, seja, da vontade de eu ser eu e mim para além as aparências que iludem, da vontade de aplacar uma tensão interior que mais não é que um regresso ao futuro (que trago comigo a tiracolo), uma tensão que mais não é que um véu de maia que desejo arrancar. Finalmente, precisei do juízo, seja, quando racionalmente me sinto (ups, racional colide com sentimento, ou não?), quando racionalmente me sinto sempre me sinto perto de si, meu admirador que todos os dias me falta, às vezes, por vezes, até dói (um juízo a doer, pode lá ser), adiante, perto de si a vida sempre tem um sabor novo. Isso, isso mesmo, entrei agorinha na sua mente, isso mesmo, é o que está a pensar: está a pensar que, na véspera do dia de "Rosh Hashana", irei caprichar numa refeição simples (simples é como quem diz, demore-se na imagem): entrada, maçãs com mel, seja, quero que a minha vida saiba a doce; prato principal, cabeça de peixe, seja, quero que a minha vida ande, tipo nadar de peixe, sempre ande em frente e consigo por perto; sobremesa, marigadas, seja, quero que, no meu próximo ano, as minhas boas acções se aproximem do número de bagos de uma romã formosa e enrubescida (tipo eu em dias sim). Nossa Senhora das Marigadas, nem quero acreditar, sério, nunca tinha ouvido falar em dia de "Rosh Hashana"? Não me diga! E em "Shofar", já ouviu falar (rimou, ups)? Não?! Céus, supina surpresa minha nenhuma!
Notinha
O peixe não está na imagem? Se ainda não o escolhi e ainda o não comprei, como poderia lá estar?
Comentários
Enviar um comentário