Dez anos depois: um senhor feliz, um senhor incompetente
É
preciso ter lata, é preciso ter descaramento: acabou a austeridade, começou a sobriedade!
Eis um senhor feliz incompetente (à época, as suas decisões, alinhavando baboseiras e acreditando em fezadas, conduziram a um governo de salvação nacional vigiado por uma troika internacional de credores, que obrigaram os portugueses a pagar desvarios políticos e financeiros com língua de palmo), um senhor feliz incompetente que
(hoje), refastelado mas esgadanhado e nada tísico, se dá ao luxo, sibilinamente, de debitar conselhos encardidos (de prudência) como quem atira perdigotos ao
vento no jeito de quem se redime, haja quem lhe dê ouvidos. Memória curta, lamentável: um senhor feliz, um senhor incompetente! O drama é que nós, digo, a gente, em Portugal, discute, arranha-se, insulta-se, apunhala-se, mas no fundo, alheados da dura realidade, gostamos uns dos outros. Porém, a verdade verdadinha é que ninguém se tolera, é tudo um faz de conta, e só com slogans é que isto lá vai, seja: acaba a austeridade, começa a sobriedade. Cantando e rindo, só falta...
Adenda
... com memória.
Adenda
... com memória.
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