Em dia de muito calor, música mozartiana e limonada gelada
(Mensagem recebida)
Que lhe posso eu dizer a não ser (já está, rima dum catrino), meu admirador de mim, que lhe posso dizer sobre quanto me diverti a pensar num humanóide dotado do sentido do toque e a armar-se em dançarino? Que gostei, claro que gostei. Vai daí, perguntei-me: e ele também ouve e tem ouvido para a música? Santa Maria, tropecei numa gargalhada (e caí, rico joelho o meu) quando me lembrei do dito mito (outra vez a rima, não!) Efeito Mozart. Não me diga, sério, não me diga que não sabe que o Efeito Mozart é um mito inventado por uns neurocientistas atrevidos... Adiante, um dia lhe conto mais pormenores, até políticos se armaram ao pingarelho ao promoverem a música de Mozart como causadores de efeitos benéficos e únicos. Claro que sim, claro que gosto da música mozartiana, adoro. Tanto assim é que, hoje, dizem que vai estar muito calor, com música em fundo, escolhi (pragmatismo a rodos e beleza grácil são meus dons naturais) ter à mão de semear, digo, ter à mão de colher uma excelente e gelada limonada (rima de uma figa, brrr!). Se a limonada dá um toque de elegância e armonia (muito eu e mim) à música? Então não!
Adenda
Recorde, faz-lhe falta, o que Platão
escreveu no Timeu:
“Percebemos
todos sons musicais audíveis graças à armonia, que contém
movimentos similares aos das órbitas da nossa alma e que, como sabe
qualquer um que faça um uso inteligente das artes, não deve
utilizar-se como se crê vulgarmente, para gerar prazer irracional,
mas como um aliado celestial que nos ajuda a transformar
em ordem
e armonia qualquer desarmonia das revoluções que se produzem
no nosso interior. O ritmo, insisto, foi-nos concedido pela mesma
fonte celestial,com o fim de nos ajudarmos de igual forma, pois a
maior parte de nós carecemos de medida e gracilidade.”
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