Hoje (também) é dia para (re)visitar Rousseau
(...) “O
espírito tem suas necessidades, assim como o corpo. São esses os
fundamentos da sociedade, constituindo os outros o seu atrativo.
Enquanto o governo e as leis promovem a segurança e o bem-estar dos
homens na coletividade, as ciências, as letras e as artes, menos
despóticas e mais poderosas talvez, estendem guirlandas de flores
sobre as cadeias de ferro que eles carregam, sufocam neles o
sentimento dessa liberdade original para a qual pareciam ter nascido,
fazem-nos amar sua escravidão e formam assim os chamados povos
policiados. A necessidade elevou os tronos, as ciências e as artes
consolidaram-nos. Poderes da terra, amai os talentos e protegei
aqueles que os cultivam.
Povos
policiados, cultivai-as: felizes escravos, vós lhes deveis esse
gosto delicado e fino com que vos irritais; essa doçura de caráter
e essa urbanidade de costumes que, entre vós, tornam o comércio tão
suave e tão fácil; em uma palavra, as aparências de todas as
virtudes sem ter nenhuma.”(...)
Aqui.
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