Se coisa há que me encanita é o sarro da desfaçatez dos políticos

developing synapses in the brain
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Se coisa há que me encanita, vida, toda eu sou nervos, se coisa há que me encanita, meu admirador de mim única, linda e mais que inteligente, é o sarro da desfaçatez dos políticos, mania de começarem sempre do zero, é tudo uma via sacra de equívocos, um impudor com que mentem, uns torcegões maquiavélicos que dão à verdade numa tendência artificial para a lisonja e para lambe-botices. Duvida? Pois não duvide, aposto que uma boa parte deles nunca ouviu falar na "Equação de Heckman". Ora veja bem, digo, ora leia bem esta notícia. Leu? Óptimo. Registe ainda a baralhação dos jornalistas, não perceberam patavina e escrevem com o pé que têm mais à mão. Agora, meu admirador estonteado com a minha perspicácia, recorde o que, em tempo, escreveu, melhor dito, recorde o que, em tempo, eu lhe ditei (país de relatórios o nosso, relatório para aqui relatório para acolá e depois ninguém liga!). Mais: pondere (demore-se na imagem) no que acontece no cérebro (sinapses e mais sinapses e menos sinapses) de uma criança até aos seis anos e até aos quatorze anos de idade. Viu? Tudo simples, bastava estar atento ao que hoje já se sabe sobre o desenvolvimento no cérebro na idade infantil, para se perceber que não é aceitável que a  propina (paga por muitos pais) de frequência de uma creche seja mais cara que a frequência do ensino superior ((Santo Deus, o mundo das IPSS precisa de uma grande reviravolta (leia-se)). E nem lhe digo nada e nem conto sobre o calvário das crianças (e dos pais) com defiência ou com doenças crónicas ou com necessidades educativas especiais ou específicas, até o coração me salta no peito. Pergunta que sobra: porque é que em Portugal os políticos não assinam (e cumprem e fazem cumprir) um pacto para a infância deste tipo? Sabe? Não me diga, sério, pensa mesmo que, em Portugal, o expoente máximo da política prefere um espectáculo andarilho recheado e barroco de beijos, abraços e likes, e que tudo, tudo o mais (especialmente o espelho cruel da verdade) lhe causa engulhos? Uhm, gosto da Rebecca Saxe!
Adendinha
Hoje, que está assim a modos que um dia de Outono molhado, manhã cedinho, desmoronei-me numa tempestade gargalhadas (quase sufoquei de riso) quando me imaginei a chegar ao meu trabalho elegantemente embrulhada num entreaberto peplo de belos colchetes, o banzé que seria, Nossa Senhora! Admirado? Ora essa, homessa, sou linda e tenho sentido de humor, que quer, que se há-de fazer!

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