Os animais que mais cedo se reconhecem no espelho são...

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Mensagem recebida
À boa maneira dos animais, meu admirador de mim inteligente e lúcida, andei a ruminar no  poeminha e no texto encimado por imagem com dois leões. Ó pá, quando imaginei os leões a ver televisão, céus, sorri. Uhm, pensei, quer-me parecer que são leoas e não leões, estarei enganada? Se são fêmeas, está explicada a redobrada atenção das ditas, mesmo que não vejam televisão, são inteligentemente atentas e conhecedoras dos desmandos (ou tragédias ou selvajarias, ou isso) e outras mais e tais vergonhas que assolam o nosso país. Ui, se elas se chegam à frente é que vão ser elas: aqueles maduros caem que nem tordos, nem vão tugir e nem mugir, parvalhões, imbecis, que bestas quadradas! Tive ainda oportunidade de cruzar o Sisu finlandês (se não sabe o que é o Sisu, tem bom remédio, pesquise) com a imoral situação no mundo desportivo, um dias estes lhe darei conta do que apurei. Adiante... Ando, meu admirador, a viver uma particular modalidade de parênteses na minha vida, deixe para lá. Verdade verdadinha, adorava que os cidadãos (e cidadãs) deste país pensassem que povo são e decidissem de uma vez por todas que povo querem ser, e assumissem se acaso pensam que para atingir as metas que traçam a cada momento, se pensam que os meios, todos os meios, justificam os fins. Tenho dito. Mudemos de assunto. Deixe que lhe sugira uma leitura interessante sobre a vida dos golfinhos, sabe que noutra vida já fui golfinha, sabe, pois não sabe? Não sabe e tem dúvidas. Pois saiba que o ritual com que ainda hoje (daqui uns minutos lhe garanto) tomo banho é, nem mais e menos, que um comportamento passageiro clandestino na história de mim, seja, esse ritual recria o tempo em que, golfinha admirada (e desejada) por todos, me banhava em águas azuis e límpidas, sempre fui princesa do instante, bem me lembro dum golfinho atrevidote e arreliante. Que ritual é esse, o que existe de interessante na leitura sobre os golfinhos? Águas da Atlântida, vida, logo duas perguntas numa, tenha calma, sei que não consegue deixar de pensar em mim e nos meus encantos, e faz bem, mande os seus ciúmes às malvas. Respondo assim: (1) o ritual é o de um banho-mim, quentinho, com uma tartaruga verde por perto, um banho longo, relaxante, deleitado e perfumado (rima dum catrino!) e onde o meu amor por si e a minha curiosidade de saber sempre renascem e vicejam; e (2), uff, perceberá, na leitura sobre a vida dos golfinhos, que eles são os primeiros a reconhecer-se no espelho, tal qual eu. Banzado, olha a novidade, registe (para memória presente) que sou um mimo superlativo de mim,  pronto, sou linda e sei que sou. Que se há-de fazer, se sou assim desde que o tempo é tempo!
Notinha de rodapé
Que novidade, há um ror de tempo, meu admirador de mim, que eu grito aos ventos que sou única e que o molde de mim se partiu para todo o sempre, vida, natureza minha (alô, Lucrécio)!

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