Em busca do tacto e do gosto e do cheiro...

Fig 6
... hoje irei andar por aqui e por aqui.
Adenda 1 (mensagem recebida)
Resultado de imagem para (Ovidius, Tristia, I, 9, 5,).
Até que não acho mal, meu admirador de mim, não acho mal que, farto de politiquices e trambelhices, se dedique um pouco a estudar a multisensorialidade. Um tema (as virtudes do tacto e do gosto e do cheiro), diga-se de passagem, em que sou especialista, adiante. Peço-lhe desculpa por interromper o seu estudo, mas, que quer, lembrei-me, a propósito disto e disto (óbvio que só não via quem não queria), lembrei-me de recorrer a Ovídio. Olhe só o que ele diz na "Tristia, I,9,5": "Donec eris felix, multos numerabis amicos, tempora si fuerint nubila, solus eris". Pois bem, se não sabe traduzir, tem bom remédio, pesquise ou leia aqui. Eu sei (o que é que eu não sei?), eu sei que conhece muito pouco da poesia ovidiana, sugiro-lhe uma leitura aproximativa do poeta indefeso (uhm, poeta indefeso, uhm, adiante). Se, pergunta-me, se sou eu que estou na face de um calendário romano poético do Ovídio que hoje lhe envio (rimou, ups)? Óbvio, não se vê logo que sim! Olhe só a pose, o andar dançante, o vestido. Sou eu, inteirinha, em busca do tacto e do gosto e do cheiro. Sou assim, de nascença e intemporal e única, que se há-de fazer!
Adenda 2 (nova mensagem recebida)
Que posso eu fazer! Nossa Senhora dos Sentidos Ávidos e Perdulários venha meu auxílio, que posso eu fazer, meu admirador de mim, se o tacto, o gosto e o cheiro me abanam os pensamentos e me aquecem o coração a modos que num lauto banquete dos sentidos? Adiante, oiça-me: verdade, verdadinha, o tempo e o modo e o estilo desta entrevista cheiram-me a esturro (não há coincidências!), uma entrevista que é uma espécie de brilharete sem interesse nenhum nos baldios do saber (atente no meu sorriso cáustico), os jornalistas não catrapiscam nadica de nada. Seja... Cá para mim, o que está em causa não é perorar à volta do mesmo (justiça, política, informação, pactos e quejandos, pátáti, pátátá), como quem tira água à nora. O que está em causa é que a corrupção (económica e política e as duas mancomunadas) - sibilina lucidez a minha - a corrupção de qualquer ordem contamina o ar que respiramos e a que temos direito: o sistema de justiça (em democracia) tem que ser qualificado e deve saber prevenir e deve agir sem dó nem piedade contra todos e quaisquer níveis de corrupção, incluindo a corrupção ligada à galopinhagem aparvalhada. Vida, marés vivas, o ar é para nós o que a água é para os peixes, é tão difícil perceber o óbvio? A propósito da importância do ar, demore-se aqui... Nem mais, claro que não aprecio o debrum da vestimenta da cientista, mais parece uma carripana desmantelada, tipo génio enfartado, mas, adiante, cada uma é como é, e eu sou diferente, encanto e gosto e gosto e gosto, ponto.
Notinha
Depois disto (44 anos depois do 25 de Abril de 1974), a bom entendedor: fim de assunto.

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