Na motivação profunda a ausência de originalidade é manifesta

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Honra se faça a quem se preocupa com a estratégia de recuperação do Pinhal do Rei, em Leiria, quando, com pompa e circunstância, perora que:
- "Não quer dizer que o pinhal não vá ser pinhal. O pinhal vai ser pinhal e só é pinhal se tiver pinheiro. Mas, para nós termos um bom pinhal e um bom pinheiro que seja, também ele, resistente ao fogo, é preciso que este pinhal não seja só de pinheiro e tenha a boa composição e o bom ordenamento que ajude à sua resistência". 
A gente lê, depois confirma que a citação é verdadeira; e, com enfado (até o dia com sol se enervou), suspira em jeito-paródia: é verdade que sim, justiça se faça ao devaneio rócócó, é verdade que na motivação profunda a ausência de originalidade é manifesta.
Adenda (mensagem recebida)
Ligeiramente a propósito...
Custa-me dizer, meu caro admirador da minha perspicácia, custa-me, mas que se há-de fazer, custa-me dizer que me divirto com declarações tipo a citada, adiante. Só que, atente bem, há pior. Vamos lá: a título de exemplo, leia isto. Leu? Leia de novo e uma outra vez. Pois sim, acredite que pretender que centrais de biomassa tenham um papel relevante no combate ao fogo é um requintado (e caro) disparate e uma tremenda parvoíce; essas centrais são um contrasenso económico e ambiental, seja: os matos são ar e água (têm um potencial energético relativamente baixo) e os seus custos de corte e transporte são muito elevados. Qual a alternativa? Pergunta-me. Pois aí a tem: aumentem e dinamizem a população de animais caprinos, população que é uma central de biomassa natural (deslocam-se ao mato pelo seu pé), seja: em vez da produção de electricidade incentivem a produção de cabritos. Custa assim tanto ver o óbvio? Pelos vistos custa, adiante... Disse, vou dormitar com música, ponto.

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