Um livro: pensar, depressa e devagar

(Mensagem recebida)

Pensar, depressa e devagar, meu preferido admirador, é um livro que enfeita a minha prateleira de livros adiados, seja, pego nele depressa e largo-o devagar, adiante. Mas, que quer, deu-me para o abrir (ao calhas) quando me lembrei de si, e (raio de rima: si e e), adiante, Nossa Senhora da Inspiração, saiu-me este desafio na página 62: "Um taco e uma bola custam 1,10 dólares. O taco custa mais um dólar do que a bola. Quanto custa a bola?". Eu que não sou de modas e que nunca me acagaço com os problemas, automaticamente trauteei: cheira-me a esturro, uhm, se a resposta fosse que a bola custa 10 cêntimos, de certeza que o desafio/problema não fazia sentido. Pus-me a pensar devagar e, záscatrapaz, saiu-me num suspiro (supimpa) a resposta certa: a bola custa 5 cêntimos. Que inteligente sou, vida, adiante. E, agora (acudam, tropecei numa gargalhada), divirto-me com a sua cara de espanto. Não entende, surpresa minha nenhuma! Vamos lá: a marca distintiva do problema é que evoca uma resposta intuitiva, apeladora e errada, esta: a bola custa 10 cêntimos. Porém, pense comigo devagar, assim: se a bola custasse 10 cêntimos, o custo total seria de 1,20 dólares (10 cêntimos da bola e 1,10 dólares do taco) e não 1,10 dólares. Arrisque, faça agora o mesmo exercício com a resposta certa, seja ela: a bola custa 5 cêntimos. Eu não acredito, não consegue, vida minha, sugestão: escolha uma imagem bonita do mar (azul de preferência) e concentre-se em mim, vai ver que percebe. Claro que estou linda, óbvio, sou linda de nascença, e mais: hoje até o  tempo se dilatou para mais eu ainda me alindar!

Adendinha

John Cage em fundo...