Monet: O instante e a Luz
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Adenda (mensagem recebida)
Nossa Senhora,
meu admirador de mim (mesmo e até quando zangado), estive a ver o
documentário e, vida, o tanto quanto que ele me inspirou! Vamos lá (cretinas de vírgulas,
adiante) ao que interessa. Primeiro, pode lá ser, eu estou na imagem, aquele meu jeito (e trejeito) maneira, pode lá ser, sou mesmo eu, ali logo à frente, e não é que não me recordo, mas que sou eu, lá isso sou, vida minha, mas que quer, podia eu lá estar distante do instante (rimou, ups) e da luz! Depois, bom, depois é que foram elas, seja, fui ao meu caderninho argolado reler um seu poemina lindo, este: "É no teu rosto/que o instante revela a madrugada/com a luz a abrindo a gosto/ leve e transparente e molhada ". Que mais, meu admirador incondicional, que mais lhe poderei dizer, céus, emocionei-me, sinto agora em redor dos lábios uma secura (será sede?) que, acudam, também agora se desata à roda da cintura (rimou, xô rima). Diga lá se não é verdade, atente e responda: o que é a minha escrita senão a tradução do mar sentimental em que habito? Sim, claro, a minha escrita ondula, respira, nasce dum bosque rumoroso: de instante e de luz. Ponto, sou assim, de nascença, que se há-de fazer!
Adendinha
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