... estava tudo a correr tão bem!

Sabedoria e lucidez...
(Mensagem recebida)
Bom dia, meu admirador de mim em todos os dias e hoje ainda mais, está um dia bonito, gosto, o sol brilha e eu vou andar de olhos grandes em jeito-pesquisa e com um poeminha (que eu cá muito gosto) a tiracolo, sem deixar que outros o leiam, é meu, só meu, ponto. Adiante. Já li o texto de autor (muito bem escrito) que hoje destaca. Zás: mais um elogio ao Presidente da República e fortes bordoadas no primeiro ministro - p e m em letras minúsculas, óbvio – bem merecidas, só se perderam as que caíram no chão, que cara de pau sem emoções ele me saiu. Mas também (e bem, rimou, ups) uma boa cajada na pateta (e patética) euforia de alguns portugueses que ainda não perceberam que outros portugueses foram abandonados à sua sorte perante a inclemência do fogo, do vento, da noite e de alguns políticos, óbvio. Adiante… Tenho andado nos últimos dias a ler o último livro de Giorgio Agamben "L´uso dei corpi", livro que conclui um projecto que já leva para aí uns bons vinte anos: "Homo sacer" (homo sacer é a melhor identificação da teoria do estado de excepção e da vida nua). Meu admirador, meu admirador, a sua surpresa deixa-me de franja à banda, então está às aranhas, santa ignorância a sua. Se é imperativo conhecer a teoria do estado de excepção (até para melhor entender as decisões políticas que hoje acontecem em Espanha) também lhe sugiro que tente saber o que seja e significa vida nua (mais que a simples vida natural, a vida nua é a vida exposta à morte). Se eu morro de amores pelo pensamento de Giorgio Agamben? Acho que é interessante, mas não morro de amores nem me entusiasmo demasiado com o pensamento dele. Mas sim, reconheço, valorizo deveras o facto de Agamben ter escolhido (para realizar a sua tese de doutoramento) estudar o pensamento político de Simone Weil: gosto muito dela, tão novinha e tão esperta, até penso, meu admirador de mim perfeita, até penso que me identifico com ela nalguns pensamentos, Santo Deus, quanto entendo (embora não concorde) que ela tenha questionado a existência dos partidos políticos e tenha sugerido a sua supressão! Meu caro, vá lá, pesquise e informe-se, hoje não tenho tempo para lhe ceder todos os links, tenho um poeminha a tiracolo que não se cala e eu gosto, vida!
Adenda
A propósito: consultar.

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