Os golfinhos e as aves dormem acordados

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(Mensagem recebida)
Ontem, meu admirador de mim, acudam, fixei os meus olhos grandes no quadro do Velasquez e vi-me uma e outra ainda outra vez, sou como as senhoras dos quadros: sou, não sou? Consegue imaginar o meu sorriso neste momento, o meu sorriso de golfinha? Sabe que também já fui golfinha, pois não sabe? Céus, e nunca ouviu falar em metamorfoses do ser e do tempo? Adiante, julgo ter percebido as suas interpelações. Que tenho hoje para lhe contar? Nossa Senhora do Bom Amparo, descobri e creio que não me enganei. Vamos lá... Como já muitas vezes lhe disse, a história verdadeira de que o cérebro tem dois hemisférios e que, pátáti pátátá, o esquerdo é o intérprete, seja, racionaliza as intuições e o falar do hemisfério direito (Michael Gazzaniga dixit), digo, aquela história ainda tem muito que contar. Então é assim: fruto das circunstâncias, toda eu sou sonhos, a dormir e acordada (sonhos lúcidos), sonhos bons e também sonhos descabelados. Os sonhos, registe, são estórias curiosas, ilógicas, com dimensão sensorial aparente, de conteúdo diverso e salteado e muitas vezes não se deixam recordar, certo? Concorda? Muito bem, espertinho, gosto. Então, pergunto-lhe: e se os sonhos forem um divertimento do hemisfério direito (no cérebro dos humanos) quando apanha o hemisfério esquerdo (o intérprete) a dormir? Pensei assim, e zás, iluminação minha: os golfinhos dormem acordados; e, já agora, meu admirador de mim linda e genial e torneada, lhe digo ainda que não só os golfinhos dormem acordados, também as aves, por exemplo, os patos da espécie "Anas platyrhynchos", conhecidos como patos reais. Adiante que o dia me chama, sempre eu, só eu, que se há-de fazer!

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