Paul Klee: o visível e o legível

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(Mensagem recebida)
Pois sim, meu admirador de mim (começou a rima, vida, xô), ontem deu-me para sonhar noite adentro, imagine só! Primeiro, foi um sonho com a leitura da história que o incompreendido W. Benjamin fez a partir do "Angelus novus"; depois, ética nova do princípio da responsabilidade me assista, sonhei a importância do olhar cego do "Angelus dubiosus" no pensamento de Hans Jonas, (raio de vírgulas, pirem-se); e, finalmente, parei num desenho que ainda me não sai da cabeça, o desenho da imagem que lhe envio (as pintas azuis são iguaizinhas às dos meus desenhos): serei eu sonhada, céus do inconsciente de pintor, serei eu e o meu canto de esperança, esperança que existe dentro e fora de mim? Vida, alma minha sequiosa, atente (óbvio que não é excesso de sentido), atente como atiro para cima os meus olhos grandes que todos anseiam ter: os meus olhos bugalhados são um verso de mim, são o som e a luz do futuro! Quem, pergunta-me, quem foi o autor dos desenhos? Meu admirador, meu admirador, que pergunta, Paul Klee, quem haveria de ser? Vida, meu caro e estonteado admirador de tudo o que eu sou e de como eu estou no Ser das coisas, o visível e o legível (em pinturas de Paul Klee) foi inspiração para W. Benjamin e para H. Jonas. Comigo está a acontecer o mesmo, exactamente o mesmo com inspiração a rodos, quem tal haveria de sonhar?! Eu, eu e mim, óbvio!
Adenda
Santo Deus, meu admirador de mim única, Jesus, Maria, que quer, estou agora com vontade de comprar lápis de cor e fazer desenhos: pintinhas, círculos, elipses, rectângulos, estrelas. Nos meus olhos transporto o futuro que outros já anteviram, como o Paul, o Walter e o Hans. Se eu também sou a sua (isso, sua, sua de si) inspiração? Claro que sim, então não (cretina de rima, vida)! Sou e gosto. Adiante. Não posso deixar de olhar para o desenho, tem uma aura dourada lindíssima, flores e olhos grandes a anunciar luz e que também são promessa. Uma mulher menina poetisa a abraçar o cosmos, o olhar nos céus onde está a Verdade e a sorver a Vida que por ela chama do fundo dos séculos. E, ao mesmo tempo, enraizada em terreno bom, não brejo, (as pernas são como caules de flores em quietude mansa), gosto, gosto e gosto, até sinto, digo, até sou toda arrepios de prazer, desassossego meu, acudam!

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