O tempo é a figura do Messias no céu do pensamento

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No céu do pensamento, dizem, mora um Messias e "a linguagem (uma genial afirmação benjaminiana) é a essência espiritual das coisas"... Vidrados na belíssima imagem de dois cisnes brancos em suave diálogo e com  este fundo musical a dar-nos a sustentabilidade necessária à revelação da verdade do mistério da vida, perguntemos: onde encontrar a restituição do tempo vivido, como interromper o curso do mundo, onde encontrar a aura depois do desaparecimento da aura? Resposta: na autenticidade da experiência de um tempo carregado da presença do agora, tempo em que nada acontece e tudo acontece, um tempo de energia densa que comporta todo o mistério do pensar e do agir em forma de promessa e onde o passado emerge no céu do pensamento carregado de prístino futuro. E o que é o tempo? O tempo é a característica mais fundamental da vida humana. Porém, quanto mais pensamos na natureza do tempo e da sua passagem mais a nossa mente se enrola sem saber qual é a estrada a seguir. Acontece que o tempo não existe fora de nós, o tempo é subjectivo: tal como criamos o nosso mundo interior também criamos o tempo, o tempo é um presente ilusório, é a figura do Messias no céu do pensamento...
Adenda (mensagem recebida)
Cá para mim, meu admirador de mim (nem já filósofo e nem já poeta), cá para mim esgalhou bem este seu pequeno texto de hoje, mas sobra-me uma inquietação que me não larga, adiante. Quero deixar-lhe duas perguntas e uma sugestão. Primeira pergunta: em Walter Benjamin o pensamento está sempre entre, sempre nas passagens, nem dentro e nem fora, certo? Segunda pergunta: o medo congela o tempo?  Porquê? Uma sugestão: tente pensar a dilatação do tempo a partir de uma analogia (analogia, analogia: quão tão importante és!), a analogia de uma pedra lançada à água, seja, combine a intensidade dos estímulos (a força do lançamento), ao significado (o tamanho da pedra), à excitação (a viscosidade da água); sentirá que (arrisque) redes neuronais se renovam no seu cérebro e saberá que "essa renovação de redes será essencial para determinar as características de um cenário marcadamente hipotético e abrangente que associa a experiência resultante a um qualquer momento particular de consciência". E mais hoje não digo; não digo, mas pergunto: qual o nome da primeira bailarina do "Lago dos cisnes"? Vida, que quer, há dias assim!

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