Acha para uma polémica (com adenda bem humorada)
Anda por aí, acicatada, uma curiosa polémica: muito e muito haveria para dizer sobre a sua origem e fundamentação (Tu queres ver que não há diferenças entre meninas e meninos? Importante não é ser igual, importante é ser único...). Não vi (e muito menos
li) os ditos "Blocos de Actividades dirigidos a crianças dos quatro aos seis anos" identificados na imagem. A "Porto Editora" já terá seguido a recomendação do governo mas nem por isso (ou até por isso) deixarei de alimentar a dita polémica. Duas pequenas notas apenas. (1) O assunto foi desencadeado pela pergunta: "Quem foi a mente brilhante?". (2) Como é que é possível que nem uma vez (sobre este assunto) se fale ou se refira ou se explane a teoria da mente? Talvez (quem sabe) a fundamentação tivesse algo mais seguro e sustentável...
Adenda 1 (mensagem recebida)
Meu caro, meu caro admirador de mim perfeita e inteligente até mais não, estou ainda de franja à banda: e, céus, por duas razões. Uma, porque concordo consigo, seja, é importante conhecer a teoria da mente (recorda-se de "Nanice?! Foi o que disse?"). Outra, porque, vida minha, porque a pergunta que desencadeou a polémica é de uma associada ao grupo feminista "Capazes". Adiante. Céus, vida, tanto e tanto gostei de recordar os meus nanos; e, alto aí (rimou, ups), capazes rima com rapazes, será que não haverá problema com o nome daquele grupo feminista? Céus, vontade de rir a minha!
Notinha de rodapé
E esta, hein?!
Adenda 2
Na página 184 deste excelente livro de Alison Gopnik (original de 2016 e tradução portuguesa em 2017), pode ler-se: "O problema mais importante e interessante para as crianças de tenra idade é, de longe, perceberem o que se está a passar na mente das outras pessoas. A teoria da mente, que é como se chama, é a capacidade de descobrir os desejos, percepções e crenças dos outros. É, muito possivelmente, o tipo de aprendizagem mais importante que as pessoas fazem na vida."
Adenda 3
Curiosamente (ou talvez não) enquanto um ministro (através de uma Comissão) se afadiga em retirar livros do mercado (por motivos ideológicos), um outro ministro ((sem ainda ter entendido que sendo os alunos - em escolaridade obrigatória - menores de idade, os pais/encarregados de educação devem autorizar de modo explícito (e por escrito) a participação dos filhos)) desencadeia um projecto de experimentalismo pedagógico. E mais: quem garante a qualidade e a segurança das ditas AE- Aprendizagens Essenciais (que irão ser referencial para o projecto, sem terem sido submetidas a consulta pública prévia)? Experimentalismos...
Algo não vai bem neste nosso amado país à beira mar plantado.
Adenda 4
Muito bem...
Notinha de rodapé
E esta, hein?!
Adenda 2
Na página 184 deste excelente livro de Alison Gopnik (original de 2016 e tradução portuguesa em 2017), pode ler-se: "O problema mais importante e interessante para as crianças de tenra idade é, de longe, perceberem o que se está a passar na mente das outras pessoas. A teoria da mente, que é como se chama, é a capacidade de descobrir os desejos, percepções e crenças dos outros. É, muito possivelmente, o tipo de aprendizagem mais importante que as pessoas fazem na vida."
Adenda 3
Curiosamente (ou talvez não) enquanto um ministro (através de uma Comissão) se afadiga em retirar livros do mercado (por motivos ideológicos), um outro ministro ((sem ainda ter entendido que sendo os alunos - em escolaridade obrigatória - menores de idade, os pais/encarregados de educação devem autorizar de modo explícito (e por escrito) a participação dos filhos)) desencadeia um projecto de experimentalismo pedagógico. E mais: quem garante a qualidade e a segurança das ditas AE- Aprendizagens Essenciais (que irão ser referencial para o projecto, sem terem sido submetidas a consulta pública prévia)? Experimentalismos...
Algo não vai bem neste nosso amado país à beira mar plantado.
Adenda 4
Muito bem...
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