A sociedade da transparência e a fragância do tempo
(Mensagem
recebida)
Foi
assim, meu admirador de mim que sou uma lufada (luz e fada) de ar fresco por
onde passo e me transporto e ando e me divirto, foi assim, ontem, digo, anteontem
a lua interferiu comigo, vida (xô, vírgulas), a lua sempre interfere comigo.
Olha a sua cara de admirado, calma, a lua interferiu comigo e sussurrou-me: o
teu corpo é um algoritmo biológico, capta tudo o que é informação. Passei-me, meu admirador, e não fui de
modas: por isso o meu corpo é tão perfeito, certo? E ela: nem mais! Pode lá ser
possível, eu dialogar com a lua, a sua cara de espanto não me engana, pensa que
estou a reinar consigo (reinar sim, que princesa, esmeralda de nascença, eu
sou), e não é que estou mesmo a reinar consigo? Quer dizer, estou e não estou, porque
(acorda Kant, mais uma vez, do teu sono dogmático) o meu eu e o meu eu-mim (vida, já ando cansada de ser de vidro cristal) são (nem mais e nem menos que) o resultado da espantosa capacidade do meu
corpo (perfeito da cabeça - céus, os meus olhos grandes que invejados são - aos pés maneirinhos) processar informação (interior e exterior e
interior e exterior, and so on). Todo
este arrazoado de palavras serve para hoje lhe falar de um filósofo de origem
sul coreana (ups, filosofia coreana, será?!), um tal de Byung-Chul Han; raios, que imagem de quem (rimou, vida) está na capa que do livro que escolhi? Ele é (tantos são os ensaios que já escreveu, um deles até anda à roda do aroma do tempo, aroma do tempo, pode lá ser!), ele é (e eu concordo) o grande filósofo da crise existencial contemporânea. O rosto (Jesus, estarei a ver bem, sou ou não algoritma?!), o rosto, repito, na capa do livro "A sociedade da transparência" não me sai da cabeça, vida, uhm: doce, será a doce fragância do tempo, será?
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