Sobre a verdade: agora não, agora não é hora

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(Mensagem recebida)
Foi assim, foi assim o meu dia de ontem, meu admirador em todos os dias da semana (e do mês e do ano), foi assim. Pátáti, pátátá, adiante, depois fui ao ensaio, madrigal seiscentista que tanto me dá trabalho! Quando saí, vida, chovia bem; valeu-me um casaco com capuz (por sinal, verde, aquele verde musgo que eu gosto, cor do meu vestido com curvas suaves e perfeitas; sim, claro, o casaco é que é verde, não capuz), valeu-me o casaco, senão seria constipação certa. Vida, que flor de estufa me saí! Adiante. Com a imagem de ontem na minha imaginação, dei de frosques e entre os pingos da chuva fui até uma livraria (aquela fotografia com um horizonte-água ao fundo de uma passagem que afunila em janela é perfeita, não acha?)... Pimba, céus, dei de caras com um livrito do Harry Franfurt sobre a verdade. Belisquei-me quando pousei os olhos num escaparate: então não é que eu já estive junto daquela fonte na capa? Quer que eu perore, agora e aqui, sobre a verdade? Agora não, agora não é hora.
Adenda 1
Sempre, meu admirador curioso de mim como sou e melhor hei-de ser, sempre lhe deixo uma citação (pequenina) do livro.
"Vivemos num tempo em que - por estranho que pareça - muitos indivíduos cultos consideram que a verdade não merece respeito particular. É bem sabido, claro, que a atitude arrogante para com a verdade é mais ou menos endémica nas classes dos publicitários e dos políticos, raças cujos exemplares geralmente se regalam com a produção de treta, mentiras e quaisquer outros  modos de fraude e fingimento que consideram conceber. Mas isto já não é novidade e estamos habituados a que assim seja." (pp.18 e 19).
Adenda 2
Pois...

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