Fátima e um século de catolicismo

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(Mensagem recebida)
Que quer, que quer, meu admirador de mim polímata (mesmo em dias em que acordo a pensar no que hei-de vestir e não aparece nada de jeito), que quer, sou assim, seja, dei por mim (rimou, ups) com os meus olhos grandes a pensar: "tu queres lá ver que ele (sabe bem que o ele se cola a si, sabe, pois não sabe?) ainda não entendeu porque é que decidi (nos últimos dias) falar dos jesuítas?". Adiante. É óbvio que não entendeu, mas eu explico. Atente na capa do livro que lhe envio. A imagem não tem nada que admirar. Porquê? Ora essa, porquê, estávamos em 1911; e, nessa altura, vingava, no direito criminal, a polémica teoria de Lombroso (cá para mim, Lombroso era piolhoso). Céus, quando as palavras me fogem, meu admirador de mim em dias de cabelo apanhado, nem consigo dizer o que quero. Vamos lá... Depois de ler (e reler) esta crónicadei comigo a perguntar aos meus botões, digo, neurónios: "O jesuíta Jorge Bergoglio, agora Papa Francisco, vem a Fátima cem anos depois de Sidónio ((sim, óbvio, em 1917, já os jesuítas estavam a regressar a Portugal depois de (mais uma vez) expulsos em 1910)), raio de parênteses; e se eu (a minha perspicácia, vida!), e se eu for ler o que aconteceu aos jesuítas em Portugal, entre 1910 e 1917?". Pimba, caiu-me o livro em cima: aquele António de Araújo, jurista, que esperto, e mais não digo, melhor será ler o livro. Adiante. Mas ainda lhe digo que alguma historiografia (da I Primeira República de Portugal) defende que foi intenção de um tal de Miguel Bombarda encontrar uma "solução final-tipo nazi" para os jesuítas: Ora oiça o que dizia esse (mesmo esse que está a pensar) Miguel Bombarda: "Em trabalho anterior defendi a ideia da relegação dos condenados em ilha por esses mares, onde não possam prejudicar, nem procriar. Com os jesuítas, que menos prezam os arrebatamentos místicos do que as comodidades da vida, haveria uma razão maior, e é a de arredar todo o perigo de propaganda, que é talvez ainda mais grave do que qualquer dos outros malefícios que lhes podemos dever. Seria uma prática sensata e tranquilamente apontada pelos séculos de atraso que a humanidade lhes deve. Numa ilha bem perdida, onde não mais se pudessem fartar de riquezas nem mais fantasiar os espíritos ingénuos, e a maior parte das lutas, que fazem a desgraça da humanidade e a todo o momento prendem o homem no seu voo de progredimento, de vez se teriam extinguido...". Miguel Bombarda, meu admirador de mim única, é nome de manicómio, certo? Bem escolhido! Se, com este arrazoado, lhe quero sugerir que estude (e pense e pesquise) o ambiente político e social que se vivia em Portugal (xô, rima), entre os anos de 1910 e 1917, para melhor entender o contexto em que surgiram (Maio a Outubro de 1917) as várias "aparições de Fátima"? Nem mais, isso mesmo.
Adenda
Ainda me deu para, coisas de imaginação minha inteligente, deu-me para querer comparar 1910/17 com 2010/17: sete anos no início do século XX com sete anos no início do século XXI. Fiquei transida, quando li isto (pode lá ser, mas: não é que é?)os sonsos e os vilões. Ainda nem me refiz, adiante, primeiro vou comparar o papel da maçonaria nos dois períodos de tempo e depois logo se verá. De certeza (aposto), depois do que eu estudar (e disser ou escrever) nunca nada ficará como dantes, nunca nada terminará em águas de bacalhau. Não conhece a expressão "águas de bacalhau"? Vida, Santo Deus, altares maçónicos, o que eu passo consigo! Mais: atente que (a propósito de Fátima) "Maria não vem do céu por aí abaixo".
Aditamento
Se já escolhi o que vou vestir hoje, dia da minha mãe? Sim, já: vou vestir o meu espantoso vestido florido com curvas suaves e perfeitas (parênteses de mim). Qual? Vida, que esquecido, céus, lembra-se?

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