Um jardim do Éden
(Mensagem recebida)
Que tal passou, meu admirador de mim em dias
primaveris (e nos outros também), que tal correu o seu dia de ontem? Eu, nem lhe
digo e nem lhe conto: projectos e projectos e mais projectos, e prazos tudo
para ontem, que vida. Adiante. Deixei o dia de trabalho a descansar, jantei e,
na minha varanda terraço de horizonte-água, reli, digo, vi um livro já com quinze anos (acabado de
reeditar, digo, reeditado em Novembro do ano passado) cuja imagem da capa lhe
envio. O Hans Lack é um especialista em história da botânica e não foi de
modas, seja, recorreu a manuscritos bizantinos e a manuscritos do século XIX para ilustrar o seu pensamento. Nem mais, meu admirador, nem mais, qualidade artística e precisão científica de
mãos dadas, gosto. Depois é que foram elas. Então não é que o ouvi a si, a falar e a gracejar, nada divertido, sobre os desvarios das minhas almofadas? Foi tão nítido, que dei comigo
a sorrir e a responder-lhe, como se fosse real. De seguida, de mansinho, a linha
do meu horizonte-água deu às de vila Diogo, caiu o entardecer. Foi assim.
Adenda
Se lhe empresto o livro? Então não!
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