Desenho meu, desenho meu, tu e eu e mai-lo Timeu

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(Mensagem recebida)
Pois sim, cedo e concedo, concedo, meu admirador até em dia de chuva em Abril (raio de rima, vida, xô), cedo e concedo que o tema da simetria me fascina, que quer, sim, sou assim (outra vez, rimou, ups), sou assim de nascença e optimizo as potencialidades do meu córtex cerebral todos os dias, fogem-me os dedos para as linhas, adiante. Vai daí (aconteceu-me a ideia, que quer), pensei que a invariância conforma e que a física tem duas dimensões. Abalei à procura... Fixei os meus olhos grandes nos ditos sólidos de Platão e, acudam, dei com a minha mente em ligeiro solilóquio: "até que enfim, passa a vida a rabiscar linhas no caderninho argolado, quem sabe (agora) perceba a origem das linhas no caderno, e até a origem das suas cantadas (cantadas é português-brasileiro) linhas perfeitas". Também das minhas suaves linhas (rima, pira-te), era só o que me faltava, suspirei feliz, adiante, já corei. Invoquei (vida, outra vez) o Michio: que me dizes se for reler o Timeu? Ouvi a resposta dele, e concordei: óptimo, certo, irei então reler o Timeu depois de, durante duas horas, procurar saber as "simetrias em física". Para terminar esta mensagem que já vai longa... Não acredito, meu admirador de mim curvilínea, não acredito que só hoje tenha entendido o sentido (que sina, que rima cretina, ups) daquele meu desabafo criativo: desenho meu, desenho meu, tu e eu e mai-lo Timeu!
Adenda
Meu admirador, meu admirador de mim única, não me diga que duvidou, que não se lembrava do diálogo "Timeu" de Platão, Santo Deus! Bem que lhe pergunte: o desenho desta página inspirou-se no dodecaedro? Não sabe, olha a surpresa minha nenhuma! Adiante. Olhe só o que me aconteceu, ele há cada coisa, seja, perguntei ao Eduardo Lourenço se o Universo era Deus. Ele olhou-me, pigarreou, e não esteve com meias medidas: o insondável silêncio de Deus é o inverso da beleza divina do Universo que é. Não, meu caro, não me fiquei, e lá, afoita, arrisquei (raio de rima, xô): então a Natureza inteira é a voz de Deus. E ele, a rematar a conversa: também, por isso, a nossa existência (um puro nada que às vezes até dói) é voz de Deus, coeterna da nossa alma... Céus, acuda-me meu admirador de mim como nasci e sou inteligente e mais ainda hei-de ser, acabo de me perder (xô, rima) no planeta, digo, na galáxia pessoana. 

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