A filosofia do corpo

Que sais-je ? 2009/3777
(Mensagem recebida)
Gostei, meu admirador ansioso de mim como sou, gostei da forma como relatou a nossa conversa de ontem, Aqui para nós que ninguém nos lê (a não ser o mundo inteiro), a minha forma de estar e de ser na vida tem muito que se lhe diga, sou assim de nascença, céus, adiante. Pedi-lhe para sonhar um texto bonito e, acudam, deliciou-me com palavras sábias embrulhadas em ternura. Sei, deixo-o nervoso (que quer, eu não faço de propósito) e a tremer, quando está perto de mim, não é de frio, pois não? Santo Deus, acabei de ler o que escrevi e fugiu-me uma gargalhada, adiante, ela volta. Decidi oferecer-lhe um livro interessante. Porquê? Ora essa porquê! Então não percebe que é necessário reformular o hiato explicativo entre mente consciente e o corpo físico? Meu admirador, meu admirador, que aflito está, calma, isso passa, oiça: reformule a questão pelo lado da relação corpo-corpo, seja, a relação entre o nosso corpo como o vivemos subjectivamente e o nosso corpo como organismo no mundo, e a relação entre nós e o mundo engloba a relação entre nós e o nosso corpo. Baralhado? Eu explico: o meu corpo não se perfila diante de mim ou à minha frente; aquilo que une as várias experiências que tenho do meu corpo não é uma regra de variação de perspectiva, é um fundo de significados. Pergunta-me se é por isso que Merleau-Ponty compara o corpo a uma obra de arte? Respondo: sim, ponha os os olhos em mim.
Adenda
Acho que o baralhei (em mensagem anterior) com o fungível e o infungível, as coisas e os animais, os direitos e os demais, eheheh! Ninguém aguenta o Direito, pois não? Certo, nem eu!

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