Os sem abrigo: estratégias e relatórios e afins
Mensagem recebida)
É mesmo como lhe digo, meu caro aspirador dos meus pensamentos, é mesmo como lhe digo, há dias em que me irrito mesmo à séria. Com a Tatyana em fundo musical (baixinho) prepare-se: e leia e pense. Eu explico-lhe como é dado e sabido... Vivemos dias de nervoseira, tudo por causa da falência do dito sistema financeiro onde, por exemplo, alguns se locupletaram com as benesses da incompetência dos organismos de supervisão (prudencial e fiscalizadora); e, Santo Deus, no mesmo tempo, alguns outros seres humanos vivem, digo, continuam a viver uma vida difícil, miserável, especialmente nas grandes cidades, integrados na sociedade com o eficiente (e conveniente) rótulo de "os sem abrigo": estratégia para aqui, relatório para acolá, nova estratégia, vamos lá (rimou, ups). Adiante, que acabo de tropeçar num palavrão. Honra seja feita ao nosso actual Presidente da República que dá a cara e não tem medo de se envolver numa causa justa e humanitária. Claro que sim, meu caro, claro que sim, não se trata de um problema social apenas português. Bem que eu lhe pergunte, meu admirador preferido e sempre (e para sempre) único: (1) não haverá condições, no interior do nosso país desertificado, para integrar alguns daqueles sem abrigo? (2) então houve (e há) dotação orçamental para salvar (?!!!) os bancos e não houve (e ainda não há) dotação orçamental para salvar os sem abrigo? Vida, céus, quanto agora me falta um abraço seu, continuo linda de viver e de olhos grandes à proa de um sorriso, mas tenho os níveis de oxitocina ligeiramente em baixo.
Adenda
Gosta da imagem que lhe envio? Não? Pois, óptimo, eu também não: não gosto nada, nadica de nada. Cheira-me a beatices e a caridadezinha... Porque é que a escolhi? Homessa, para o provocar a si, está bem de ver, ou não está? Se até um cego vê, que quer que lhe diga mais, vida!
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