Anagrafias com talento mais que muito
Mensagem recebida)
Se eu, se eu ainda, meu estonteado admirador, se eu ainda me
surpreendo consigo? Então não! Sim, ainda! Veja bem, digo, pense bem, e
responda-me: que lhe fiz para que não publique as mensagens que lhe
envio? Mais, responda: acaso me perguntou se estou bem de saúde?
Sabe que sim, sabe que estou bem, que continuo linda, é mesmo o que estou a
captar na emissão (em fm) da sua mente deslumbrada comigo? Sim, é
isso, é, pois não é? Como sabe? Esses seus ciúmes, vida, adiante. Então hoje é
assim. Rapinei a imagem que encima este textinho, imagine de onde. Não se
esforce, não chega lá, nem lá perto. Eu digo-lhe: rapinei-a daqui, chama-se (creio)
"cidade-ampulheta". Vida, céus, pode lá ser, os desenhos da "a
a" até parecem ser desenhos meus, rizomáticos, rabiscados, e
sempre com linhas imaginárias, com linhas de fuga para a liberdade, assim diria
o sempre presente Gilles Deleuze. Concluindo, o tempo urge: os desenhos (os meus e os
dela) são anagrafias
com talento mais que muito.
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