Aparição: um livro e um poeminha

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Optei (num domingo de inverno com muito sol) revisitar Vergílio Ferreira... E, sem surpresa, o nome do primeiro livro que me ocorreu, foi o nome de uma sua obra muito conhecida: "Aparição". Demorei-me por aqui; e não é que um poeminha apareceu na minha mente sem se fazer anunciar? Aqui o escrevo...

Aparição
num poema pequenino
acontece com nome em letras esculpido

…/…
espreitrei a sensação da descoberta com os olhos a pensar
senti no nome um corpo rio lindo e a alma salgada do mar

Adenda (mensagem recebida)
Oh pá, oh pá, céus, meu caro admirador de mim, oh pá, gosto muito do Virgilio, digo, gosto muito do Vergílio Ferreira, foi dos primeiros autores que o meu pai me "obrigou" a conhecer; e a "Aparição" foi um dos livros (antifascista, Virgílio, digo, Vergílio tinha consciência social e sentido profundo de Justiça) que sempre guardo na minha memória. Sempre eu disse (e o que eu digo ninguém rebaterá, aposto singelo contra dobrado) que se um escritor português merecia o Nobel era o Virgílio, digo, o Vergílio Ferreira. Estarei errada? Não, penso que não, óbvio. Mais uma notinha de rodapé para esboroar as minhas emoções: o título do livro fica bem na época do Natal (faz-me lembrar o "Anjo da Anunciação"). Mas, Santo Deus, Menino Jesus, Reis Magos (arreda Gaspar que vives do FMI!), o poeminha, vida, esbarrei nele, caí na vertical e estampei-me ao comprido, suspeitei e acertei (rimou, ups), tanto mim o poeminha é, corpo rio lindo e alma salgada do mar, vida, eu sou assim, lúcida e perspicaz e sedutora e polímata, que se há-de fazer! Meu caro, meu caro, ui o seu desejo e a sua ansiedade de mim (corei, acudam), adiante, hoje é dia de aproveitar o sol e espantar o frio, è vero?

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