António Vieira e o arco íris

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(Mensagem recebida)
Ontem, meu caro admirador de mim como sou, acredite, ontem caí dentro de um arco íris que estrategicamente começava no meu terraço (e que poisava lá longe no horizonte-água). Pode lá ser, sosseguei-me, enquanto esfregava os meus olhos grandes com as minhas mãos maneirinhas. Adiante. Tinha há mão se colher o livro que agora lhe envio, assumi postura de ninfa, e não é que, vida minha, o nosso excelente Vieira também se pronunciou sobre o arco íris? Olhe só... (1) Num sermão proferido em Santa Engrácia, Lisboa, em 1645, escassos oito anos após Descartes ter explicado o fenómeno (arco íris), dizia Vieira: "Na Íris ou Arco celeste, todos os nossos olhos jurarão que estão vendo variedade de cores: e contudo ensina a verdadeira Filosofia que naquele Arco não há cores, senão luz e água". (2) E no sermão (Santo Deus tanto o António Vieira já era moderno e prendia com as palavras!) do segundo Domingo da Quaresma, afirma: "Isto a que chamamos Céu, é uma mentira azul, e o que chamamos Íris ou Arco-Celeste, é outra mentira de três cores"... Tudo bem, já entendi, não tem ideia do que Descartes disse sobre o arco íris. Tem bom remédio, pesquise. Apenas e só para terminar (este domingo precisa de mim como precisa da luz do sol), sempre lhe digo que o arco íris é real, mas para existir, têm de concorrer entre si três coisas, sejam, a luz solar, as gotas de água e os olhos do observador. Percebeu? Não?! Vida, e eu com pressa! Bingo, isso, é isso mesmo, cada observador terá sempre um arco íris em torno se si, razão pela qual nunca se poderá alcançar uma ponta. Não me diga! Eu sou o seu arco íris e consegue apanhar uma ponta? Olha a novidade, como se eu o não soubesse, agora cem vezes mais que antes!
Adenda
Não a propósito (ou tazvel sim, digo, talvez sim, as palavras pois as palavras): que me diz disto?

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