Capital, rizoma e ponto de luz

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(Mensagem recebida)
É como lhe digo, meu caro atento a tudo o que eu penso e digo e escrevo. Ontem passei uma horita a ouvir o filósofo Joseph Vogl (sabe que ele está em Portugal, sabe, pois não sabe? Não sabe..). Deitei-me e, antes de dormir, ainda passei os olhos por aqui (os galambas e as mortáguas  - e políticos outros afins - deleitam-se dia sim dia sim - há já anos - com "o fantasma do capital" de Vogl): leve muito a sério o que o J. Vogl diz, leve a sério, ouviu bem? Depois, zás, caí redondinha nos braços de Morfeu. Acordei, subitamente, ainda era noite escura, mas porque acordei, o que estava a sonhar, varreu-se-me, que irritação; mas, inspiração minha, veio-me à ideia que sou um infinito interior, sou um rizoma. Aí tem a razão de ser da imagem que lhe envio. Mais, agora me lembro que também Joseph Vogl já falou sobre rizomas. Adiante, vou transcrever o que escrevi no meu caderninho argolado. Assim: "Quando acordei madrugada alta, ainda estava empanturrada de teorias sobre isto e sobre aquilo e ainda sobre mais um par de botas, chega, que azia, preveni-me, e liguei o, digo, a rádio, o provedor de justiça falava da dignidade dos reclusos, ó meu Deus, a esta hora, não, haja sentido de justiça! Depois, uma música, a Sara Tavares a cantar coisas boniras, digo, coisas bonitas, cousas boniras, digo, coisas bonitas já gosto mais. Algo me não sai da cabeça: há pessoas especiais? É difícil encontrar uma pessoa especial (eu sou especial, sou assim de nascença, talvez por isso me seja difícil encontrar pessoas especiais). a maioria das pessoas não tem interesse e algumas pessoas são mesmo idiotas ou más pessoas". Pousei a minha caneta de aparo, enrosquei-me na minha (rapinada) manta de lã merina, estendi o braço e afaguei a almofada ao lado (que arrepio bom, a ternura brota em mim sem cerimónias), emprestei o meu corpo à cama, enchi-me de silêncios, e dormi até a luz do sol me acordar. Vá lá, não finja, meu caro devorador das minhas expressões faciais, não finja que não percebeu que há (pelo menos uma) outra pessoa especial para além de mim. Sim (rimou, ups), isso, sim é em si que estou a pensar, agora até estou a sentir um esticão no coração, vida. Está siderado com a riqueza do meu infinito interior? Eu sou o rizoma que, todos e cada dia, alimenta (e que dá sentido) a sua vida?  Eu sou um ponto de luz na sua vida errante? Olha a grande novidade! Como se - há tanto tempo - eu o não soubesse!
Adenda
Quando tiver tempo, meu caro atarefado, passe os olhos por aqui...
Nova adenda
Sabia, meu caro admirador da minha capacidade de me admirar todos e cada dia, sabia que hoje é o dia mundial da filosofia? Sabia? Tanta rima em ia, mas acredito que sim, digo, quero acreditar que sim. Porém, acaso sabe que hoje é o dia internacional da tolerância, digo (o dia da tolerância foi ontem), o dia dos estudantes (os filósofos são sempre estudantes) e também o dia da criatividade? Não sabe! Olha a novidade (rimou, ups)!
Nova adenda
Conhece, digo, já ouviu falar em Ernesto Laclau? Não? Vida...
Nova adenda
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